Vítor Pereira: Conheça o estilo de jogo do novo técnico do Flamengo

Após não topar renovar com Dorival Júnior, o Flamengo encontrou um substituto rapidamente: Vítor Pereira, ex-técnico do Corinthians. O português já foi anunciado oficialmente, mas ainda não deve atuar com o elenco em 2022, por ser seu vínculo com o time de Itaquera até o último dia do ano, assim como o ex-treinador do clube carioca.

Por ter treinado um clube brasileiro recentemente, diversas análises sobre o estilo de jogo do português foram feitas. Para o comentarista Carlos Eduardo Mansur, o comando será bom, por conta de poder atuar em uma pré-temporada, porém pelo calendário apertado que vem por aí em 2023, algumas coisas podem se complicar.

“A expectativa pelo que pode apresentar taticamente é fascinante. Por quê? Pelo discurso, gosta de times agressivos, que fiquem com a bola e pressionem para defender no campo de ataque. No Flamengo, terá algumas condições que não tinha no Corinthians. Primeiro, vai iniciar uma temporada e tem o Carioca como preparação e entendimento dos conceitos e, em princípio, sem as lesões que enfrentou no Corinthians, que dizimaram o time e fizeram com que ele fosse mais pragmático”, revelou o comentarista.

Jogo com pressão o tempo todo

Com grandes nomes no elenco, como Gabigol, Pedro, Everton Ribeiro e Arrascaeta, que não estão acostumados a deixar a habilidade de lado para pressionar o jogo, Vítor Pereira terá de decidir como utilizar o quarteto e entender como fará para juntar técnica + pressão. O calendário cheio de compromissos, tendo sete campeonatos pela frente, também pode dar uma reduzida nessa pressão que o português tanto busca.

Relação entre jogadores e técnico

Os portugueses são bem diferentes do brasileiros, em praticamente tudo, até mesmo nas relações. Com um jeito mais frio de se lidar com as pessoas, Vítor Pereira pode incomodar um pouco, decidindo as coisas somente consigo mesmo e evitando debater muito, a relação entre jogadores e técnico pode ser um pouco mais fria. Mesmo com boa parte do elenco já ter trabalhado com outro estrangeiro, Jorge Jesus, que agia praticamente igual, dessa vez pode ser diferente.

Não pede reforços

No Corinthians, Vítor Pereira não fez exigências por novos jogadores para comporem o elenco, ao invés disso, utilizava dos que já tinha em mãos, para conseguir montar uma equipe poderosa. Ex-jogador do clube, Gustavo Mantuan, atuou como lateral, ponta e aprendeu a fazer linha de cinco com o comandante. Também deu espaço para os jogadores da categoria de base no profissional.

Aprendeu como poupar jogadores

Chegando no futebol brasileiro, o português levou um baque ao conhecer como funciona a temporada e o tanto de campeonatos que são disputados ao mesmo tempo. Por conta de Copa do Brasil e Libertadores da América terem mais ‘importância’, acabou poupando em algumas partidas no Brasileirão, mas não deram muito certo, pois com o Time B, sempre acabava saindo derrotado. Com o Flamengo, pode ser diferente, por terem um banco de reservas recheado de craques dispostos.

Não vaza escalações

A imprensa brasileira tem o costume de cogitar escalações das equipes, com as informações que tem. Sem conhecer isso, Vítor Pereira ficava irritado quando acontecia com o Corinthians, e chegou a proibir a entrada de jornalistas no CT e começou a realizar treinos fechados. Sem divulgar a escalação nem para jogadores, deixando tudo para somente uma hora antes, até ações de marketing se tornaram difíceis para o clube, pois o português acabou se tornando um empecilho para quem trabalhava no time.

Como age fora das quatro linhas

Durante os jogos, na frente do banco de reservas, Vítor Pereira está sempre acompanhado de um bloco de notas e caneta, fazendo anotações e recebendo opiniões dos auxiliares. Também acaba não agindo muito tranquilamente, muitas vezes discutindo com arbitragem e sendo expulso de campo por reclamações severas.

Vítor Pereira e funcionários

O técnico tinha uma boa relação com todos que o cercavam, fossem do próprio CT ou comissão técnica. Com os colegas dentro de campo, sempre se deu bem e convivia no mesmo flat que os demais, frequentando os mesmos lugares, juntos. Com funcionários interinos do clube, nunca faltou respeito.

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