Hoje, terça-feira (3), os 20 clubes da Série A vão se unir em um hotel de luxo em São Paulo para acertar a criação de uma liga independente para o futebol brasileiro. Ela, inclusive, recebeu o nome de “Libra”.
A carta-convite foi assinada por Flamengo e os cinco times de São Paulo – Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos, e Red Bull Bragantino. Essa carta detalha toda a estruturação jurídica da criação da nova liga.
Entretanto, um assunto importante pode gerar o primeiro atrito entre as partes do acordo. O Flamengo e Corinthians já calcularam que caso a liga seja criada, os valores recebidos pelas cotas de pay-per-view de ambos os times sofrerá uma redução drástica.
Uma das bandeiras da nova liga é a distribuição igualitária de receitas para as transmissões de jogos. Sendo assim, Flamengo e Corinthians, que costumam ser líderes em audiência, não teriam nenhuma vantagem pelo “torcidômetro” (medidor de audiência) no novo modelo. O tamanho do prejuízo ainda não foi calculado.
Modelo atual das cotas
A maior parte das receitas de Flamengo e Corinthians vêm das cotas de televisão, através das transmissões em TV aberta, fechada e pay-per-view. Além disso, são contabilizados os direitos de transmissão da Série A no exterior e as placas de publicidade em campo.
A receita vem de um modelo semelhante à Premier League, com 40% do total distribuído de forma igualitária, 30% por conta da posição da equipe na tabela e 30% pelo número de cada transmissão que os clubes têm na televisão.
