A edição da Libertadores 2023, que começou na última quarta-feira (25) representa um marco simbólico: nunca antes na história do maior torneio houve uma sequência de cinco títulos consecutivos por equipes do mesmo país.
Os clubes brasileiros estão buscando se tornar os primeiros a atingir essa marca, uma vez que a sequência atual possui dois títulos do Flamengo (2019 e 2022) e dois do Palmeiras (2020 e 2021). Ao longo da história da competição, em apenas três oportunidades um mesmo país venceu quatro títulos consecutivos. Apesar disso, os brazucas ainda não conseguirão assumir o domínio da Libertadores dos argentinos, que são os maiores vencedores do torneio com 25 taças.
Esse domínio tupiniquim, não é exatamente uma surpresa, tendo em vista o aumento das receitas no futebol brasileiro, um fenômeno que se acelerou após a Copa do Mundo de 2014 e a construção de novas arenas que permitiram aos clubes arrecadarem mais dinheiro.
Enquanto isso, os times argentinos enfrentam um cenário com câmbio cada vez menos favorável, que diminui o poder de barganha no mercado de transferências. Nas últimas quatro temporadas, o Flamengo gastou cerca de 117 milhões de euros em reforços, enquanto o River Plate e o Boca Juniors, os clubes mais ricos da Argentina, gastaram em torno de 44 e 35 milhões de euros, respectivamente.
Tradição brasileira na Libertadores é recente
Outro fato que ajuda a explicar a mudança desse paradigma é que nos primeiros 30 anos da competição, as equipes brasileiras não se empenhavam tanto em conquistar o título, enquanto os argentinos emplacaram duas sequências de quatro títulos consecutivos. Somente a partir dos anos 1990, a competição passou a ter maior importância no Brasil.
Comentários estão fechados.