Flamengo não perdeu para qualquer um no Mundial de Clubes

O Al-Hilal, clube árabe que eliminou o Flamengo nas semifinais do Mundial de Clubes é uma das grandes potências do futebol saudita e ao contrário do que muitos pensam, não é um clube semi amador ou com um orçamento baixo.

A equipe que conta com jogadores experientes em seu plantel como Michael e Cuellar, dois ex-Fla, além de Luciano Vietto, que teve longa passagem pela Europa, além de Marega, que já disputou a Champions League pelo Porto.

Ao lado do Al-Nassr, clube de Cristiano Ronaldo, o Hilal é um dos maiores clubes da Arábia e recebe patrocínio do estado saudita através da Qiddya Investment Company, uma empresa criada pelo governo para criar projetos com objetivo de desenvolver a nação como polo atrativo de turismo. O dinheiro tem como origem o PIF (fundo soberano do país).

É importante ressaltar que a Arábia é uma ditadura sanguinária comandada por punhos de ferro do ditador Mohammed Bin Salman, que não mostra pudor em oprimir minorias, quebrar os direitos humanos e assassinar jornalistas.

Mundial de Clubes é apenas a ponta do Iceberg do futebol saudita

Mesmo assim, os sauditas tem muito dinheiro e veem no futebol uma saída para melhorar sua imagem perante o mundo. Recentemente o PIF concluiu a aquisição do Newcastle United da Inglaterra, transformando o modesto clube em uma das grandes potências da Premier League.

A Arábia Saudita também tem demonstrado interesse em receber a Copa do Mundo de 2030 e planeja fazer um BID junto à FIFA para ser um dos candidatos a país sede do maior torneio de futebol do mundo.

Além do investimento em clubes de dentro e de fora do país, os Sheiks sauditas também tem usado seu dinheiro para patrocinar não só atletas, como também eventos relacionados ao futebol. Recentemente Lionel Messi, um dos melhores jogadores do mundo, assinou um contrato para promover o turismo no país.

A Copa do Mundo de futebol feminino que será realizada nesse ano, também foi alvo dos sauditas, que sinalizaram a FIFA o interesse em patrocinar a competição. Algo que não foi nenhum pouco bem visto por boa parte das atletas, que se posicionaram contra essa aproximação da entidade máxima do futebol com a ditadura saudita.

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