Chefão do Cruzeiro age com humildade e reconhece que deseja imitar o Flamengo

Embora viva um período conturbado em 2023, o Flamengo segue sendo um dos maiores clubes da América Latina e mesmo com todos os seus problemas, sua gestão ainda é vista como exemplo para diversas outras equipes. Em entrevista ao CNN Esportes S/A, Gabriel Lima, CEO do Cruzeiro, afirmou que todos os clubes querem ser potências como Fla e Palmeiras, mas que nem todos tem a paciência de se reestruturar:

“Todo mundo quer ser Flamengo e Palmeiras, mas ninguém quer passar pelos anos que eles passaram para se reestruturar e se reerguer. Estamos vivendo isso na pele esse ano, e vivemos no ano passado também. São anos de reestruturação, e é natural que o desempenho esportivo oscile.”, disse Gabriel.

Flamengo esteve perto de quebrar

Antes de se tornar esta força dominante na América do Sul o Flamengo passou por maus bocados e em 2013, sob o comando de Eduardo Bandeira de Mello o clube precisou passar por um choque de gestão e se estruturou financeiramente após anos de ajustes de contas. Algo revelado por Rodrigo Tostes, vice de finanças do clube:

“Quando a gente entrou, fizemos uma auditoria com uma empresa super renomada, e a dívida apontava para algo entre 700 e 800 milhões. Mas a gente tinha um faturamento de aproximadamente 182, 185 milhões de reais. Então iriamos demorar, mantendo esse patamar de receita. A gente aumentava ano a ano a dívida, essa dívida não era com aquela estrutura, não era possível de se pagar. Então a gente tinha muito mais despesas do que receitas, e tinha um passivo enorme, uma dívida enorme que vinha se acumulando. Então o que a gente fez nessa reestruturação foi se preparar. Se não fosse uma associação, eventualmente o Flamengo já teria pedido falência, porque não tinha capacidade de pagamento. Então a gente renegociou as dívidas, fez um trabalho longo de aumento de receita.” revelou.

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