CBF prejudicou o Flamengo e não quer assumir
Nesta terça-feira (18), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou a análise do chefe de arbitragem, Wilson Seneme, sobre o polêmico clássico carioca entre Flamengo e Fluminense, que agitou a última rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto foi marcado por intensas reclamações de jogadores e torcidas das duas equipes.
Seneme avaliou quatro momentos cruciais do jogo e ressaltou que o árbitro Sávio Pereira Sampaio acertou em todas as decisões: os gols anulados de Jhon Arias e Gabigol, o pedido de pênalti em Arrascaeta e a expulsão de Luiz Araújo.
Os gols anulados foram resultado da intervenção do árbitro de vídeo (VAR), comandado por Wagner Reway, que analisou possíveis faltas na origem dos lances. A comissão de arbitragem da CBF apontou a falta de atenção da equipe de campo em relação aos movimentos dos jogadores, em vez de focar apenas na trajetória da bola. A anulação dos gols foi considerada correta. Seneme também destacou a dificuldade do árbitro em identificar o toque de André em Cebolinha.
“Ele tem um ângulo bom, está bem posicionado, tem uma ângulo interessante para ver. Ele interpreta, fala que o jogador se joga e forçou o contato. Não é que deixou de ver. Ele interpreta como não falta. No final das contas, é uma má interpretação em campo.” começou a dizer Seneme.
Seneme não viu pênalti para o Flamengo em lance de Felipe Melo e Arrascaeta
Em relação à disputa entre Felipe Melo e Arrascaeta, em que os jogadores rubro-negros reivindicaram a marcação de um pênalti, Seneme ressaltou a movimentação do meia do Flamengo. Segundo ele, Arrascaeta reagiu à aproximação de Felipe Melo, deslocando-se em sua direção e provocando o contato.
“O jogador olha para o adversário antes do contato. Ele observa que vem vindo. A questão é, quem ocupa o espaço de quem? O Arrascaeta ocupa o espaço do Felipe ou o Felipe ocupa o espaço do Arrascaeta na disputa da bola? Essa bola está em disputa, não está sob o domínio de ninguém. O jogador do Flamengo joga o corpo na direção do Felipe. Causa o impacto? Causa. Derruba ele? Derruba. Mas provocado muito mais pela ação dele do que do Felipe.” continuou a dizer.
O chefe de arbitragem observou que o ângulo de visão de Sávio Pereira Sampaio não era o mais adequado para visualizar o contato entre o volante tricolor e o jogador do Flamengo, enfatizando a importância do árbitro de vídeo para fornecer outras perspectivas de análise dos lances.
“O árbitro tem que olhar o ponto futuro da jogada e não prestar atenção na trajetória da bola. Não deveria ser uma ação de dificuldade para a equipe de campo. Se tem a visão antecipada da fase seguinte da ação, facilitaria muito o trabalho deles. Os assistentes, além de focar no impedimento, em contra-ataque têm que estar atentos às faltas.” concluiu.
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