CBF aprova nova regra e Flamengo corre risco de ser punido na Série A 2023

Na última quarta-feira (15), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) definou que atitudes homofóbicas serão consideradas como motivo de punição clubes que disputam o Brasileirão. Essa medida foi tomada em conjunto com a ação que também pune atos racistas.

Onã Rudá, o criador do Canarinhos LGBTQ+, um grupo de torcidas LGBTQIA+ no futebol, disse que essa é uma grande conquista para o combate efetivo às diversas formas de discriminação no futebol, especialmente o racismo e a LGBTfobia. Ele ressaltou que a punição específica para casos de homofobia nos estádios ajudará no movimento de inclusão dessa comunidade, que ainda se sente excluída, além de diversos agentes e atletas que precisam esconder sua sexualidade por medo de violência e discriminação.

A CBF afirma que atos criminosos, como discriminações por orientação sexual e sexo, passarão por investigação, estando sujeitas à penalização. As novas medidas já foram publicadas no Regulamento Geral de Competições de 2023 e têm vigor imediato. O objetivo do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, é punir torcedores e jogadores de clubes que promovam ações de desrespeito à dignidade humana em jogos.

Entre as sanções previstas, há quatro tipos de penalidades: advertência; pagamento de multa com valor de até R$ 500 mil; bloqueio de registro ou transferência de jogadores; e perda de pontos na competição.

Flamengo responde por processo de danos morais a grupo LGBTQ+

O Flamengo está sendo processado pela organização Arco-Íris, que dá apoio a comunidade LGBT, por danos morais. A entidade pede R$1 milhão por danos morais alegando preconceito por parte do clube por não usar o número 24 na Copinha.

Historicamente o número 24 é pouco utilizado no Brasil por sua associação ao animal Veado no jogo do bicho. É importante ressaltar que o nome do bicho é utilizado de forma pejorativa para definir homens homossexuais.

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