Braz conta bastidores do Flamengo nas contratações de Gabigol e Bruno Henrique: “Foi o nome que eu mais briguei”
Uma das principais funções do vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz, é contratar novos jogadores que estejam alinhados com a filosofia do clube e, claro, que sejam mapeados e encontrados como quem possa preencher uma lacuna no plantel da equipe. Uma que um dos principais motivos para fechar com um jogador é pelo seu bom futebol apresentado em outros times.
Como parte desse processo, existe também muita resiliência e paciência, justamente por conta disso, o dirigente adotou um mantra que caiu no gosto da torcida do Flamengo nas redes sociais: “gelo no sangue”. Para reverter cenários adversos, como propostas recusadas de outros clubes ou jogadores que não se sentem convencidos com o projeto, o dirigente precisa de muito jogo de cintura.
Nesta toada, Marcos Braz revelou uma verdadeira aula de resiliência com a Inter de Milão para fechar a contratação de Gabigol. Os bastidores dessa negociação foram de uma verdadeira queda de braço, ambos não queriam ceder.
Por sorte do Flamengo, a Internazionale tinha interesse em Lukaku, o que beneficiou o Flamengo, que assinou em definitivo com Gabriel.
“O Gabriel foi um nome que eu mais briguei. O Arrascaeta… quem não queria? Tem que prender o cara que não queria o Arrascaeta. Vai pra uma Copa do Mundo, acho que vai ser titular. Vai chegar mais do que nunca como titular da seleção uruguaia. Fizemos um grande ano em que acertamos bastante nas contratações. (…) A Inter estava precisando, pela parte financeira do fair play, porque queria comprar um jogador. Estava expirando meu prazo de comprar o Gabigol, mas estava expirando o prazo de comprar quem eles queriam, Eu falei: ‘Vamos ver quem tem mais gelo no sangue’. Sabe quem era o jogador que eles estavam contratando? Lukaku. Deu certo pro Flamengo e deu certo pra eles”, acrescentou.
Dirigente do Flamengo afirma a importância de Abel Braga em contratação de Bruno Henrique
Sobre a curta e apagada passagem de Abel Braga, como primeiro treinador da atual gestão, Braz disse que Bruno Henrique foi um pedido especial do técnico. Até por conta disso, o dirigente deu a entender que a preferência do treinador se transformou em convencimento para que o atacante pudesse ser contratado junto ao Santos.
“Uma coisa é trazer um jogador que não foi pedido pelo técnico, e outra coisa é trazer um jogador que foi vetado pelo técnico, são coisas diferentes. Gabriel foi um pouquinho mais difícil o convencimento, mas a gente estava certo. O Arrascaeta já trazia algumas certezas maiores que as outras contratações. O Abel gostava muito do Bruno Henrique, queria muito ele. A gente entendia que era um bom jogador, mas ele quis muito. Um analisa mais que o outro, evidente que o tiro final tem que ser apertado por alguém”, afirmou.