Arão: Ex-meia do Flamengo fala sobre terror após tragédia na Turquia

Um terremoto de magnitude 7.8 atingiu a Turquia e parte da Síria na madrugada desta segunda-feira (6) matando mais de 2,4 mil pessoas e muitas outras desaparecidas. O ex-jogador do Flamengo William Arão, que joga no Fenerbahçe e reside em Istambul, revelou em entrevista a TV Globo que não sentiu o tremor em sua casa e que não foi afetado pelo desastre:

“Eu não senti, a gente não sentiu o tremor aqui em Istambul. Depois de saber, tranquilizei a família, perguntei como a minha família aqui em Istambul estava, porque, como a gente tinha jogo, eu estava concentrado. Depois também falei com os meus irmãos, falei com o meu pai, dizendo que estava tudo bem. Mas a gente jogou nessa cidade, em Gaziantep há semanas, e provavelmente muitas dessas pessoas estavam no estádio também.” disse, William.

Arão revelou que país sentiu muito a notícia do terremoto e ainda destaca que existem jogadores de futebol entre os desaparecidos:

“Os turcos e nós também estamos recebendo [a situação] de uma forma devastadora porque é uma tragédia sem precedente. Eles são muito patriotas. Estão todos mobilizados para tentar ajudar para tentar prestar serviço de alguma forma. Companheiros nossos de trabalho estão soterrados, suas famílias também, então é uma tragédia imensa.” revelou, Arão.

Arão revela que inverno tem atrapalhado busca por sobreviventes

O jogador também destaca que por conta do rígido inverno que assola a Turquia, as buscas estão sendo mais lentas que o esperado:

“Infelizmente o clima também não tem ajudado, porque em algumas partes ainda há neve, tem muito frio, então isso também dificulta um pouco, mas é um clima de luto mesmo, muita tristeza. Os próprios jogadores que têm amigos, alguns trabalhadores do nosso time, os funcionários, todos eles têm amigos de algumas partes desses lugares [atingidos]. Então, você vê apreensão neles e sente a dor deles, porque pode acontecer com qualquer um. É muito triste. Você vê crianças, você vê gente de todas as idades. E, como eu disse, tem ainda a questão do frio também que em algumas partes estão com -2, -3, sensação de -5°C.” concluiu o brasileiro.

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