Adriano Imperador confessa arrependimento em sua saída do Flamengo
Que Adriano Imperador é um dos maiores ídolos da história do Flamengo, isso todo mundo sabe. Sua identificação com o torcedor do clube é notória, cria do Rubro-Negro o atacante é o estereótipo do torcedor do Flamengo. E é exatamente por enxergar nele que está sendo representado que a Nação o idolatra, já que o jogador venceu “apenas” um Campeonato Brasileiro pelo Mais Querido como título de grande expressão.
E foi após vencer exatamente esse Campeonato Brasileiro, em 2009, que Adriano tomou uma das decisões mais controvérsias de sua carreira. O atacante havia anunciado que pararia a carreira por um período, de forma precoce, no início de 2009, mas foi convencido pelo time que o revelou a voltar aos gramados. O Imperador estava passando por um momento muito complicado em sua vida pessoal, seu pai havia falecido quando ele estava na Itália defendendo as cores da Inter de Milão, em 2004.
Na Copa América do mesmo ano, onde Adriano foi decisivo para o título do Brasil, marcando gol do título contra a Argentina na final nos minutos finais, foi que a carreira do jogador começou a mudar.
À época, Adriano era um dos melhores atacantes do mundo, foi artilheiro mundial em 2005, também sendo carrasco da mesma Argentina na final da Copa das Confederações daquele ano.
Porém, a morte de seu Almir Leite, pai do atleta, mudou muito seu olhar sobre a carreira. O pai de Adriano faleceu decorrente de uma parada cardíaca uma década depois de ter sido atingido por um tiro na cabeça, a bala ficou alojada em seu cérebro e o trouxe diversos problemas de saúde. ‘Didico’ ainda jogou em alto nível até 2007, quando revelou que tinha vontade de voltar ao Brasil: em 2008, chegou a passar pelo São Paulo por empréstimo. Mas deu uma pausa na carreira, quando voltou ao Flamengo, seu clube de coração, em 2009.
Pelo Flamengo, Adriano foi responsável direto pela arrancada do time comandado pelo técnico Andrade rumo ao hexacampeonato, título que não vinha desde 1992: 17 anos de jejum. O atacante foi artilheiro da competição ao lado de Diego Tardelli, do Atlético-MG, com 19 gols.
Mas após o mágico título vencido em 2009, Adriano participou apenas do primeiro semestre do Mengão, quando a equipe caiu nas quartas de final da Libertadores para a Universidad de Chile e, no meio do ano, houve muitas alterações no time, começando por ele que decidiu voltar à Itália e defender as cores da Roma.
Em entrevista ao podcast “Podpah” nesta quinta-feira (14), Didico falou que esse é o maior arrependimento de sua carreira.
“O povo italiano é apaixonado por mim e eu fiquei com isso no coração e na mente, ‘preciso voltar pra retribuir isso’. Precisava me provar para eles. Mas não era mais pra mim a Itália, minha cabeça já estava no Brasil”, disse o ex-atacante.