A criação de uma liga está gerando debate entre os dirigentes de clubes brasileiros. A divisão de renda é uma das pautas que mais gerou atritos nas primeiras semanas de conversas. Mesmo com discordâncias de lado a lado, a tendência é que as arestas sejam fechadas.
Na opinião do jornalista Rodrigo Mattos, do ‘Uol Esporte’, a diferença entre as propostas dos dois grupos – os seis “fundadores”, onde o Mengão está incluído, e o “Futebol Forte”, uma espécie de oposição liderada pelo Athletico-PR – pode existir, mas não é tão alta.
“A diferença não é tão grande assim em termos de dinheiro. O que eu apurei é que a liga, a divisão que eles fazem, a proporção que teria entre quem mais ganha, digamos assim, Corinthians e Flamengo, que seriam os times de maior torcida, se ganharem o título e tiverem a maior renda, seria de eles ganharem quatro vezes o que o que o clube que menos ganha dinheiro, é uma proporção parecida com a que acontece na La Liga, com Real e Barcelona, que é de 3,5”, disse.
“Acho que poderiam se sentar à mesa”
“O que esses 23 clubes que fizeram uma carta contra a liga estão propondo é que no primeiro ano seja 3,5 a proporção. Se pegar 3,5 para 4, não está uma diferença assim, está próximo o negócio. Acho que poderiam sentar à mesa, mas essa negociação por carta eu acho que não ajuda muito, a gente já chegou na era do WhatsApp, do e-mail… Fato é que não vai ter a reunião, são oito clubes da Série A desses que estão boicotando, que não querem participar da reunião, Fortaleza, Athletico Paranaense e Fluminense são os principais líderes”, completou.
