Jorge Jesus deu prazo para o Mengão se decidir
Ontem, quinta-feira (5), foi publicada uma matéria do jornalista Renato Maurício Prado. Ele assistiu ao jogo Talleres 2×2 Flamengo, na quarta-feira (4), na casa de Kleber Leite, junto a um convidado ilustre: Jorge Jesus. O técnico português deu declarações que abalaram os corredores da Gávea:
“Quero voltar, sim. Mas não depende só de mim. Posso esperar até pelo menos o dia 20. Depois disso, tenho que decidir minha vida”, disse.
Além disso, ele também ressaltou as dificuldades passadas na época de pandemia. Em março de 2020, ele ainda era treinador do Mengão e viveu, no Brasil, os primeiros meses da paralisação total:
“Foi algo absolutamente inesperado e devastador. Fiquei completamente só. Um funcionário deixava a comida na soleira da porta do meu apartamento e saía correndo. Parecia que eu estava vivendo num leprosário. Era muito difícil. Por isso, quando surgiu o convite do presidente do Benfica, um velho amigo, aquela me pareceu a melhor opção. Inclusive para voltar a viver perto da minha família.”
“Em momento algum me fizeram convite”
Jorge Jesus também falou da ida de Marcos Braz e Bruno Spindel à Europa, no fim do ano passado. O técnico contraria versões difundidas à época e afirma que nunca foi lhe feito um convite:
“A conversa foi superficial e em momento algum me fizeram um convite ou, ao menos, me perguntaram se eu queria voltar. E aquele era um momento difícil, pois se eu pedisse demissão do Benfica, teria que pagar uma multa de 10 milhões de euros. Por isso, tinha sugerido que só viajassem para Portugal em final de janeiro, quando a situação seria mais fácil para negociar. Mas quiseram ir em dezembro e a sensação que tenho é que, quando me visitaram, já tinham tomado a decisão de contratar o Paulo Sousa. Foram apenas cumprir uma obrigação social comigo. Braz e Spindel não me convidaram para voltar em dezembro.”