A implementação do modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem gerado discussões entre os clubes brasileiros, com Vasco e Botafogo adotando o formato sob gestão estrangeira. No Flamengo, a possibilidade de migração para uma SAF é objeto de debate, tendo o presidente Rodolfo Landim manifestado interesse na mudança, especialmente visando a construção de um novo estádio para o clube.
Entretanto, o presidente do São Paulo, Julio Casares, em recente entrevista ao podcast Casão Pod Tudo, expressou uma visão crítica sobre a necessidade de SAFs, especialmente para clubes com estruturas financeiras sólidas como Flamengo, São Paulo e Corinthians.
Presidente são-paulino citou Flamengo ao falar de SAFs
Casares apontou que o modelo SAF foi concebido principalmente para auxiliar clubes em dificuldades financeiras e enfatizou que não vê a SAF como solução definitiva para todos os problemas. Ele destacou a importância de manter a identidade e a gestão profissional nos clubes tradicionais.
Além disso, aproveitou para fazer uma observação crítica ao Botafogo, administrado por John Textor, mencionando a instabilidade técnica vivenciada pelo clube durante o Campeonato Brasileiro, como exemplo dos desafios que as SAFs podem enfrentar.
Por outro lado, Landim considera a SAF uma estratégia viável para a realização do projeto de um estádio próprio para o Mais Querido, inspirando-se no modelo adotado pelo Bayern de Munique, que conseguiu manter o controle acionário mesmo após vender parte de sua SAF para financiar seu estádio.
Este debate sublinha as diferentes perspectivas dentro do futebol brasileiro sobre o caminho a seguir em termos de gestão e desenvolvimento de infraestrutura, colocando em contraste a visão tradicionalista com a busca por inovação e novas formas de financiamento.
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