Goleiro Bruno teve que começar a vender picolé na rua

Bruno Fernandes das Dores de Souza, mais conhecido pela torcida do Flamengo como o goleiro Bruno, teve uma carreira marcada por altos e baixos, desde suas origens humildes em Ribeirão das Neves até o auge de sua trajetória no Mais Querido, passando por momentos de glória e controvérsias.

Criado nas divisões de base do Atlético Mineiro e com uma breve passagem pelo Corinthians em 2006, Bruno encontrou seu lugar ao sol no Mengão, onde atuou em 234 partidas, marcou 4 gols, conquistou um Brasileirão e levantou três vezes o troféu do Carioca.

Contudo, a vida de Bruno tomou um rumo dramático em julho de 2010, quando foi preso sob acusações graves que incluíam homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de sua ex-esposa, Eliza Samudio. Condenado a 23 anos de prisão, Bruno cumpriu aproximadamente uma década antes de ser solto, um capítulo que manchou irreversivelmente sua carreira e imagem.

Bruno teve infância difícil

A infância de Bruno em Ribeirão das Neves foi repleta de desafios. Abandonado pelos pais aos dois anos, sua criação ficou a cargo da avó paterna, Dona Estela, a quem ele considera sua verdadeira mãe.

Antes da fama como goleiro, Bruno trabalhou vendendo picolés e descarregando carretas para contribuir com o sustento da família. Apesar da separação, ele tentou ajudar sua mãe biológica durante sua luta contra o alcoolismo.

A história de Bruno reflete uma jornada de superação pessoal e profissional, interrompida por decisões que levaram a consequências devastadoras. Afastado dos pais desde cedo, ele sempre valorizou a figura de sua avó, que foi seu suporte nas horas mais difíceis. “Minha mãe é a dona Estela. É minha velhinha e a quem eu devo tudo. Estou com ela sempre”, declarou Bruno em 2006, evidenciando o profundo laço que os unia.

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