adesão do Atlético-MG à Libra tem gerado debates intensos sobre questões administrativas e financeiras do clube. A decisão de deixar a Forte Futebol e se unir à nova liga foi amplamente discutida nos bastidores alvinegros, levantando dúvidas sobre os impactos no futuro das finanças do Galo e na gestão do clube.
O principal ponto de discussão é a diferença nas projeções de receitas do Atlético-MG em relação ao Flamengo, conforme divulgado pelas entidades envolvidas. Enquanto a Libra e a LFF apontam que o Flamengo receberia R$ 153 milhões a mais por ano do que o Galo, a Forte Futebol alega que essa diferença seria de R$ 44 milhões.
Essa disparidade surge devido à “garantia mínima”, estabelecida no estatuto da Libra, que assegura valores proporcionais de receitas para os 20 participantes da Série A de 2025, com base no montante registrado na temporada atual.
Diferença de valores recebidos por Atlético e Flamengo em cada bloco
- 1º Atlético: R$ 130 milhões (LFF) / R$ 118 milhões (Libra)
- 2º Flamengo: R$ 145 milhões (LFF) / R$ 272 milhões* (Libra – * garantia mínima)
Bruno Muzzi, CEO do Atlético-MG, explicou que o acordo com a Libra está vinculado à expectativa de crescimento das receitas da futura liga e aos valores estimados para cada bloco:
” Se pegar os times da Libra e da Forte, quando vale o bloco da Libra? Vale R$ 1,5 bilhão. No Forte, vale R$ 500 milhões. O Atlético tem R$ 125 milhões na Libra. Na Forte, o Atlético receberia R$ 75 milhões. Então, tem uma diferença de R$ 50 milhões. E isso se perpetua por 50 anos. Se houver maior valorização da Liga, esses valores se acentuam ainda mais. Então, o Atlético optou por olha nesse médio/longo prazo, que é pós 2025, para de fato tomar essa opção. Não estamos olhando no curtíssimo prazo.” disse, Muzzi.
A Forte Futebol publicou uma carta aberta defendendo que o Conselho do Atlético reconsidere a adesão à Libra, argumentando que o modelo traz vantagens significativas para o futuro do clube. As negociações e debates sobre o assunto estão em pleno andamento, e o Atlético-MG segue em busca de uma decisão que atenda aos interesses do clube e ao desenvolvimento de suas finanças para os próximos anos.
Mudança de bloco do Galo tem relação com transformação em SAF
Outro ponto que tem impacto nas negociações é a relação da adesão do Galo à Libra com a futura SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube mineiro. O Banco BTG Pactual, parceiro da Libra, tem aproximadamente R$ 168 milhões a receber do Atlético, conforme balanço financeiro do clube. O BTG também possui um acordo de financiamento com o comando atleticano para possíveis investidores na SAF do Galo.
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