Flamengo se revolta com a Libra e está perdendo a paciência
A diretoria do Flamengo, juntamente com outros clubes da Libra, está questionando o contrato firmado entre a Mubadala e a Liga. A preocupação é que o fundo tenha excesso de poder e esteja invadindo o patrimônio dos clubes. Essa insatisfação foi um dos motivos da saída do Botafogo do negócio.
No momento, as partes estão em negociações para buscar um acordo que reduza os poderes da Mubadala. A expectativa é que o negócio seja fechado, desde que ocorram mudanças significativas no contrato original.
O fundo fez propostas para adquirir uma porcentagem dos direitos de 17 clubes da Libra, incluindo Flamengo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Grêmio. O valor da proposta varia de acordo com o percentual de direitos adquiridos e o número de clubes envolvidos, podendo chegar a bilhões de reais.
Ao analisar minuciosamente o contrato, o Fla identificou que a Mubadala estava se apropriando de ativos dos clubes, como licenciamento de marcas, patrocínios e NFTs, que não estavam relacionados aos direitos dos clubes brasileiros. Além disso, o contrato permitia interferências em outros campeonatos.
Por conta disso, a diretoria rubro-negra considerou o documento excessivamente vago, abrindo brechas para que a Mubadala pudesse expandir seus poderes além dos direitos de TV e comerciais do Brasileirão.
Outro ponto de discordância foi o poder absoluto concedido ao fundo para negociar os direitos televisivos e comerciais do futebol brasileiro com a compra de uma fatia. O Fla defende que as negociações devem envolver a governança dos clubes, garantindo sua participação nas decisões.
Fundo da Libra irritou dono do Botafogo
Apesar dos repetidos pedidos de alteração do contrato, a Mubadala insistiu no formato original, o que gerou frustração em John Textor, proprietário do Botafogo, que não viu no documento o que havia sido acordado nas reuniões e optou por deixar a Liga.
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