Sampaoli salvador? Conheça os números recentes do novo treinador do Flamengo
A frustrante passagem do português Vítor Pereira pelo Flamengo, que vinha de um título da Libertadores e Copa do Brasil com Dorival Júnior, fez com que clube se questionasse sobre o rumo que estava tomando. Afinal de contas, com um elenco recheado de estrelas, dos mais experientes aos jovens extremamente promissores, o Rubro-Negro teoricamente só precisaria de um bom comando para retornar aos títulos. Mas, afinal de contas, seria o argentino Jorge Sampaoli o salvador?
O fato é que, em questão de meses, o Flamengo conseguiu ir do céu ao inferno nas mais diferentes competições. O clube, que terminou o ano de 2022 como um dos mais bem apreciados entre as apostas esportivas (carregando vitórias e mais vitórias), começou 2023 de uma maneira completamente diferente.
Sob o comando de Vítor Pereira, o Flamengo conseguiu perder tudo de importante que disputou. Caiu nas semifinais no Mundial de Clubes, perdeu a Supercopa para o Palmeiras e, também, o Campeonato Carioca para o Fluminense – com direito a goleada no jogo de volta, por 4 a 1.
Tentando entender os erros e acertos do Flamengo, preparamos uma matéria de análise dos números recentes daquele que pode ser o salvador do Rubro-Negro na atual temporada: Jorge Sampaoli. O treinador durão foi contratado para colocar a equipe de volta aos eixos, mas vem passando por verdadeiras provações em suas primeiras partidas.
Dito isso, confira um pouco mais sobre os números recentes de Jorge Sampaoli:
Como técnico, Sampaoli teve o seu primeiro auge no Emelec
Como treinador de futebol, Jorge Sampaoli teve o seu primeiro auge em uma das mais tradicionais equipes do Equador, o Emelec. O comandante argentino chegou ao clube equatoriano em 2009, depois de um longo período no futebol peruano e um recente, porém interessante, trabalho no O’Higgins, do Chile.
Quando Sampaoli assumiu o Emelec, a tradicional equipe equatoriana já não vencia o campeonato nacional há cerca de sete anos. Desde então, tinha visto LDU e outros times dominarem o cenário. No entanto, em seu primeiro ano no Equador, o técnico argentino mostrou duas características que carrega até hoje: raça e influência.
Sampaoli terminou aquela temporada com 37 jogos no comando do Emelec, dos quais venceu 18. No fim do ano, fez com que o Emelec levantasse a taça da Liga Equador. O ano seguinte, no entanto, tinha tudo para ser ainda mais desafiador: afinal de contas, a régua voltou a ser elevada.
O treinador argentino, no entanto, conseguiu repetir a dose – e com números ainda melhores. Em 21 partidas no comando do Emelec naquele ano, Sampaoli venceu 13. No fim da temporada, foi novamente campeão da liga nacional. Tudo isso fez com que ele despertasse interesse de um grande clube sul-americano: a Universidad de Chile.
Se tivesse mais um ano à frente do Emelec, em uma época onde as apostas esportivas estão consolidadas, Sampaoli certamente seria o cara a centralizar a atenção dos apostadores. No entanto, retornou ao Chile – e viveu um dos melhores momentos de sua carreira.
Sampaoli ganha tudo e mais um pouco com a Universidad de Chile
Há quem diga que Sampaoli viveu a melhor fase de sua carreira no comando do Universidad de Chile. O técnico argentino alcançou um outro nível quando assumiu o time chileno, não apenas por ser uma equipe de tradição, da capital, como também em uma liga muito mais competitiva e relevante.
Na época, 2011, o Chile vivia uma das suas melhores fases da história recente do futebol. Contava com vários jogadores de alto nível que, anos antes e depois, acabaram indo à Europa e se destacando em nível internacional. Sampaoli soube fazer bom uso dessa boa fase do país no esporte para se destacar e, por isso, sua passagem pela Universidad acaba sendo tão marcante.
Em 2011, o técnico argentino disputou 57 jogos junto ao Universidad e venceu incríveis 38. Terminou a temporada não apenas como campeão da Liga Chilena Apertura e da Liga Chilena Clausura (as duas fases da competição nacional) como também da Copa Sul-Americana – título até hoje inédito pelo clube chileno.
Se as apostas esportivas fossem tão consolidadas na época como são hoje em dia, aquela Universidad de Chile certamente estaria entre os times preferidos dos apostadores. Afinal de contas, os bons números se repetiram também no ano seguinte, quando o clube, sob o comando de Sampaoli, venceu novamente a Liga Chilena Apertura e, também, a chamada Taça Chile.
Outra prateleira do futebol: Sampaoli campeão da Copa América com o Chile
Lembram da afirmação de que, em meados dos anos 2010, o Chile vivia um dos seus melhores momentos da história recente do futebol? Pois é, isso acabou se refletindo também na Seleção Chilena. Quis o destino, ou o trabalho bem feito, que o auge desse ótimo momento tivesse o dedo de Jorge Sampaoli.
Depois de um ótimo trabalho no Universidad, e muito antes de sequer ser cogitado no Flamengo, Sampaoli foi convidado para treinar a Seleção Chilena. Chegou em meados de 2013 e fez um bom trabalho logo de cara. No ano seguinte, foi ainda melhor, com uma temporada mais longa e completa.
No entanto, foi em 2015, com a Seleção do Chile, que de fato chegou a outro patamar. Na ocasião, Sampaoli comandou os chilenos na conquista da Copa América: título até então nunca vencido pelo país. Lá, de fato, alcançou uma outra posição na prateleira dos técnicos do futebol internacional – uma que ainda carrega e, certamente, se reflete em alguns atentos em apostas esportivas.
Apesar do ótimo auge, Sampaoli não conquista nada relevante já tem um tempo
É nesse tópico que chegamos à grande “dúvida” com relação ao estigma de salvador da pátria depositado em cima de Sampaoli por parte da torcida do Flamengo. Isso porque o técnico argentino, apesar de ter vivido excelentes momentos com Emelec, Universidad e Seleção Chilena, não conquista nada de relevante há um bom tempo.
Sendo assim, não é exagero algum afirmar que a sua ida ao Flamengo tem muito mais a ver com os “antigos” anos de glória e estilo de trabalho do que, necessariamente, a continuidade de um projeto vencedor. Isso porque Sampaoli não sabe o que é fazer parte de um projeto realmente de vitórias já tem um bom tempo – e isso, obviamente, pode não ser sua culpa.
Depois que saiu da Seleção do Chile, Sampaoli passou pelo Sevilla, Seleção da Argentina, Santos, Atlético Mineiro e Olympique de Marseille. O único título conquistado nesse meio tempo foi o Campeonato Mineiro, com o Galo, em 2020. Seus trabalhos não foram horríveis, mas também acabaram não se refletindo em conquistas efetivas.
A diferença, hoje, talvez seja o nível do elenco que tem em mãos. Se em anos anteriores Sampaoli brigava para ter um time verdadeiramente bom em termos de peças, hoje ele tem um dos que mais rende boas apostas esportivas e com craques em praticamente todas as posições. Essa combinação, no entanto, ainda precisa entrar nos eixos para convencer o torcedor rubro-negro.
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