Jorge Samapoli, atual técnico do Flamengo, deu seus primeiros passos como treinador na Universidad de Chile, clube onde marcou época ao conquistar a Copa Sul-Americana de 2010 pelo clube chileno. Além de ter vencido em três oportunidades o Campeonato Chileno. Ele também comandou a Seleção do Chile e foi bicampeão da Copa América.
Em entrevista ao GE, Francisco Muñoz, um chileno, que era torcedor da La U e acabou virando flamenguista, revelou detalhes sobre o trabalho do argentino em seu antigo clube do coração. Ele afirma se tratar de um profissional que exige o máximo de seus jogadores:
“Ele tem algo mental muito forte e precisa que o jogador deixe ocupar a mente dele. Ele pira a mente do jogador. Ele vê um jogador ruim, e ele diz: “Ele está bom, ele está bom, ele está bom”. Até que o jogador passa a ser bom.” começou a dizer.
Muñoz cita como exemplo a virada nas oitavas de final da Libertadores 2012, quando a La U perdeu por 4 a 1 para o Deportivo Quito e acabou se classificando com uma goleada por 6×0:
“Todo mundo falava que a U de Chile estava eliminada. Sampaoli chegou a Santiago e disse: “U de Chile vai virar”. Próximo dia disse de novo que ia virar. “Vai virar, vai virar, vai virar… (risos)”. Falou tanto que ia virar que os jogadores inconscientemente botaram na cabeça que iriam virar. Com 40 minutos, já estava 4 a 0 (na verdade o quarto foi feito no início do segundo tempo). Quem fez os gols? Mena, que é lateral. Díaz, que é zagueiro. U de Chile ganhou de 6 a 0 e avançou.” concluiu.
Sampaoli teve início conturbado na La U
Por fim, ele revela que o começo de Sampaoli no clube chileno não foi dos melhores e que ele chegou ainda mais pressionado que no Flamengo. Além disso, afirma que é necessário tempo para que os atletas entendam suas ideias:
“Ele deixou uma muito boa impressão na torcida da Universidad de Chile. Mas o começo lá foi até pior do que no Flamengo. Depois que os jogadores entenderam o sistema dele, o time não parou. Foi campeão da Sul-Americana sem perder nenhum jogo. Jogava muito em alta intensidade, ia e voltava o tempo todo. Ele precisa que o time entenda o jogo dele. A mudança que se vê agora é o goleiro Santos jogando entre os zagueiros.” disse, Francisco.
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