Um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro, o Cruzeiro se tornou a primeira instituição do país no formato SAF a ser revendido. Nesta semana, o ex-atacante Ronaldo Fenômeno realizou a venda das ações majoritárias (90%) para o empresário Pedro Lourenço. E o assunto chegou até aos bastidores do Flamengo.
Com outros gigantes do país como Atlético-MG, Bahia, Botafogo e Vasco da Gama também optando pelo mesmo caminho, o presidente Rodolfo Landim abriu o jogo e afirmou que o Flamengo tem sim o desejo de se tornar SAF um dia, mas em um formato completamente diferente do adotado pelos rivais nos últimos anos.
“A SAF traz uma percepção para as pessoas, porque elas não conseguem dissociar a palavra SAF do modelo que tem no Brasil, que veio para salvar clubes. Quando fala em SAF, pensa no Botafogo, Cruzeiro e Vasco, que eram clubes que precisavam de dinheiro para pagar conta de água, que estavam com tudo atrasado”, disse.
Na visão do mandatário, o Flamengo deve adotar outro modelo: “Criar uma empresa que é dona do futebol, e eu faço uma diluição dela a exemplo do que o Bayern fez, que vendeu 25% dessa empresa com aumento de capital. Eu posso vender para três caras como o Bayern fez na Alemanha e deu absolutamente certo”.
Fora do Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno não deve se tornar um dos “compradores” do Flamengo no futuro, muito por conta do preço estipulado por Landim por tais fatias. Em Minas, o ex-atacante havia se comprometido a investir R$ 350 milhões no clube em cinco anos. Agora, ele vendeu suas ações por R$ 600 milhões.
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