SAF no Flamengo? Ex-dirigente explica o assunto

No Brasil, as SAF estão se tornando cada vez mais frequentes entre os clubes e o Flamengo também chegou a cogitar essa possibilidade. Obviamente no caso do Rubro Negro o modelo seria completamente diferente, é o que explicou o ex-presidente do clube Eduardo Bandeira de Mello que concedeu entrevista ao Mundo Rubro Negro.

“Acho que foi muito bom ter passado essa lei (SAF). Para muitas equipes, a SAF foi a salvação. Muitos clubes estavam em uma situação tão difícil que tiveram de se organizar em forma de SAF. Estou falando de casos como o do Cruzeiro, Botafogo e Vasco da Gama (…) Outros clubes podem querer ter a SAF sem estarem endividados”, disse Bandeira.

“Esses clubes (bem administrados) podem enxergar a SAF como uma forma de subir de patamar. Conseguindo um investidor estratégico ou até mesmo estrangeiro. Acho perfeitamente possível isso também. Mas agora, se você me perguntar se seria bom para todo mundo, eu digo que não. Acho que cada um vai avaliar o seu caso em particular”, prosseguiu, se referindo ao Flamengo.

Na última década o Flamengo começou seu processo de reestruturação econômica e financeira que passou muito pela gestão Bandeira de Mello. Com o equacionamento de dívidas, o clube saiu de um dos piores modelos financeiros para o exemplo máximo no Brasil de gestão e organização e por isso, o ex-dirigente comentou que não vê necessidade do Flamengo adotar tal modelo.

“O Flamengo sempre foi uma associação sem fins lucrativos. No entanto, em seis anos nós conseguimos mudar o clube na forma administrativa e de governança. De uma instituição super endividada, sem credibilidade, se tornou quando entregamos em 2018 uma organização equacionada. Se você me perguntar se o Flamengo deve mudar o seu regime para se transformar em SAF, eu diria que não. A gente não precisa se preocupar tão cedo. Já mudamos a governança”, disse, por fim, Eduardo.

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